Escolas que encantaram público da Marques de Sapucai no primeiro dia de desfile
Acadêmicos do Grande Rio - By Vera Tabach
Partindo de uma lembrança de infância do carnavalesco Fábio Ricardo, a Grande Rio vai fazer uma homenagem à cidade de Santos, do litoral paulista. E parte da uma cantiga de roda para lembrar a fundação da cidade cercada de lendas e mistérios, inclusive a que diz quem bebe das águas da Fonte do Itororó nunca mais quer deixar o lugar.
O enredo “Fui no Itororó beber água, não achei. Mas achei a bela Santos e por ela me apaixonei...” explica desde o motivo do nome da cidade, as disputas por pelas terras por, lembra as plantações de café e a influência portuguesa na arquitetura. Mas não esquece que Santos se transformou num celeiro de craques do futebol, onde surgiram Pelé, Neymar e Robinho.
A Grande Rio vai desfilar com seis carros e um tripé. Os 3.400 componentes estarão espalhados por 33 alas. A atriz Paloma Bernardi estreia como rainha da bateria, comandada por mestre Thiago Diogo. O intérprete é Emerson Dias e o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Daniel Werneck e Verônica Lima. A escola ficou na terceira colocação no ano passado.
Mocidade Independente de Padre Miguel
Um convite à reflexão é o que a Mocidade propõe neste carnaval. Para isso, convidou a personagem Dom Quixote de La Mancha para conhecer o Brasil. Mas como se trata de uma personagem do livro de Miguel de Cervantes, é através dos livros que ele começa a descobrir o país. Um lugar belo e aprazível, mas com tantas manchas em sua história quantos moinhos que, em sua mente, ele tem de enfrentar.
Os carnavalescos Alexandre Louzada e Edson Pereira dizem que o enredo “O Brasil de La Mancha: sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, sou Quixote cavaleiro, pixote brasileiro” é um alerta para que não se cometa erros que marcaram nossa história, como escravidão, ditadura, ganância e corrupção, e uma mensagem de esperança de que a vida pode melhorar.
A Mocidade vai desfilar com sete alegorias e um tripé. Ao todo serão 3.800 componentes em 38 alas. O intérprete é Bruno Ribas e o mestre de bateria, Dudu. A rainha de bateria é Cláudia Leitte. O pavilhão da escola é defendido pelo mestre-sala Diogo Jesus e a porta-bandeira Cristiane Caldas. No carnaval passado, a escola ficou na sétima colocação.
A escola do Morro do Borel faz uma homenagem à cidade de Sorriso, no Mato Grosso, capital do agronegócio. Então, nada melhor do que cantar a terra, lembrar o solo sagrado, no qual em se plantando tudo dá. A Unidos da Tijuca começa seu desfile contam a história de lenda yorubá, que diz que o homem nasceu do barro.
E no enredo “Semeando Sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado”, os carnavalescos Mauro Quintaes, Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo aproveitam não só falar do desenvolvimento gerado pelo agronegócio na região, mas enaltecer a região e cultura popular, como as festas da colheita.
O intérprete Tinga vai puxar o samba tocado pela bateria comandada por mestre Casagrande. A rainha à frente dos ritmistas é Juliana Alves. A Unidos da Tijuca vai desfilar com seis carros, 3.500 componentes em 28 alas. Julinho e Rute formam o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Em 2015, a escola ficou com a quarta colocação.
Fonte- fotos G1 - Alba Valéria Mendonça
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