Rosas de Ouro conta a história da Tatuagem no desfile do Carnaval de São Paulo 2016

Rosas de Ouro -By Vera Tabach
Com o enredo "Arte à Flor da Pele. A Minha História Vai Marcar Você", a agremiação da Freguesia do Ó mostrou o costume de marcar a pele ao longo da história. A Rosas de Ouro ficou em 3º lugar no carnaval de 2015. Já foi campeã sete vezes, sendo o último título de 2010.

O desfile elaborado pelo carnavalesco André Cezari começou falando da origem da tatuagem nas antigas civilizações da África e Egito. Escola de tradição, a Rosas trouxe carros alegóricos caprichados, com luzes e movimento.
                                “Arte à flor da pele. A minha história vai marcar você”

 Rosas de Ouro busca o título de São Paulo neste ano contando a história da tatuagem. Com o enredo “Arte à flor da pele. A minha história vai marcar você”, a agremiação conta a história da humanidade aplicada na pele. 
Antes mesmo do começo do desfile, quem chamou a atenção mesmo foi Ellen Rocche, rainha de bateria da escola pelo 10º ano. Fantasiada de sereia, a atriz causou tamanho alvoroço que os seguranças e admiradores atrapalharam até a entrada da Rosas de Ouro na Avenida no samba.
Ellen Roche, que está na escola desde 2000, veio mais uma vez à frente da bateria conduzindo os 220 ritmistas vestidos de marinheiros. A bateria fez paradinhas de efeito usando campanellas.

O samba-enredo da Rosas de Ouro foi composto por Vagner Mariano, Fabiano Sorriso, Marcus Boldrini, Márcio André Filho, Rapha SP, Wellington da Padaria, Guiga Oliveira e Bolt Mascarenhas.

Fotos: Elias Jorge e Paulo Pinto/LIGASP/Fotos Públicas

Águia de Ouro faz homenagem à Vingem Maria, às Mães e todas as Marias

Águia de Ouro - By Vera Tabach
Terceira escola do Carnaval de São Paulo a entrar no Anhembi, Águia de Ouro procurou repetir os desfiles grandiosos dos últimos anos. O enredo "Ave-Maria Cheia de Faces", desenvolvido pelos carnavalescos Amarildo de Mello e André Marins, homenageou ao sentimento da feminilidade e da maternidade.
A agremiação do bairro Pompeia, na zona oeste de São Paulo, se propôs a ir além da figura de Maria e utilizá-la como ponto de partida para uma homenagem às mulheres.

Um dos destaques foi a comissão de frente, formada apenas por integrantes do sexo feminino, representando sacerdotisas que realizam um ritual e fazem surgir a Virgem Maria de dentro de um caldeirão. Logo atrás, o abre-alas também teve apenas mulheres como destaque.
Com boa evolução e fantasias e alegorias muito bem executadas, a Águia de Ouro foi um dos destaques da noite, mas não conseguiu fugir da repetição de imagens da Virgem Maria em diferentes setores do desfile. Com a difícil missão de falar de religião, a escola não apresentou componentes nus, a pedido da igreja Católica.
A empresária e modelo Cinthia Santos veio pelo segundo ano como rainha de bateria da Águia. "Estou há 15 anos no Carnaval e o sofrimento a cada desfile é o mesmo, frio na barriga demais. Quando entro na avenida não vejo nada, só sinto a emoção, e quero fazer o melhor para minha escola, usar todo meu charme e só chorar e sentir dor quando o portão fechar", disse ela, na concentração da escola.
Da mãe de Jesus, Cleópatra à Iemanjá, a Águia fez uma viagem pela história universal, destacando momentos da civilização onde a força matriarcal sinalizava o espírito de amor, do sentimento maternal e acolhedor.

Logo no início, a avenida foi tomada de dourado em um carro alegórico representando um grande templo egípcio, e alas que traçavam um paralelo entre os deuses Ísis e Osíris e a sagrada família, José e Maria. A destemida deusa grega Ártemis e a sedutora divindade romana Vênus também estiveram representadas no desfile.
As históricas bíblicas da imaculada concepção, anunciada pelo anjo Gabriel, da estrela de Davi anunciando o nascimento de Jesus, do calvário e da morte de Cristo foram representadas em diversas alas, encerrando este setor do desfile com a pietà, a famosa cena de Maria com o filho morto, interpretada pela atriz Nicette Bruno, que se emocionou durante a performance.
  A Nicete Bruno foi a Pietá do carnaval da Aguia de Ouro

A origem da humanidade na África também ganhou espaço em um carro com dois leões e um elefante gigantes, e alas com muitos elementos tribais.

A escola também chegou com uma inovação para este ano: a bateria do mestre Juca fechava o primeiro setor da escola, bem próxima ao carro abre-alas. 
Os ritmistas trouxeram o coração de Maria na alegoria de cabeça e roupas que lembravam as vestimentas dos papas.

Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do Brasil, encerrou o desfile, com um carro em sua homenagem, precedido da ala das baianas, cuja fantasia trazia diversas representações de Maria, entre elas, nossa Senhora de Fátima.
Fotos: Elias Jorge e Marcelo Pereira/LIGASP/Fotos Públicas

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