Segundo dia de desfile no Sambódromo do Anhembi

Mais sete escolas de samba entraram na avenida do Sambódromo do Anhembi sábado (2),  última noite de desfiles do grupo especial de São Paulo. 

Águia de Ouro, Dragões da Real, Mocidade Alegre, Vai-Vai, Rosas de Ouro, Unidos de Vila Maria e Gaviões da Fiel.

Águia de Ouro

Campeã do grupo de Acesso em 2018, a Águia de Ouro abriu a noite de desfiles, voltando para a elite do carnaval de São Paulo. A agremiação, criada em 1976, entra na avenida às 22h30, com o enredo Brasil, eu quero falar de você! Que país é esse!. De acordo com a escola, a ideia é falar da exploração das nossas riquezas naturais e culturais motivadas pela ganância humana.

Dragões da Real

Escola fundada por torcedores do São Paulo explorou relógios, deuses e até Einstein e 'De volta para o futuro' em odisseia no Grupo Especial.

Dragões da Real entra na avenida .A escola conta com a estreia do carnavalesco Mauro Quintaes, que já passou por Unidos da Peruche, em São Paulo, e por Unidos da Tijuca, Mangueira e Salgueiro no Rio de Janeiro.

Apesar de brincar com mecanismos de controle e de contagem de tempo com seus 2.600 componentes, a escola filosofou com o quarto carro, que mostra como a modernidade transformou o homem em escravo do tempo.   

A escola  explorou aspectos paralelos ao tema, como dinheiro e até a teoria da relatividade.

Mocidade Alegre

Presidente da Mocidade Alegre Solange Cruz Bichara 

Com seis títulos no Grupo Especial, a Mocidade Alegre apresentou o enredo Ayakamaé; as águas sagradas do sol e da lua. Elementos da cultura indígenas que foram explorados para recontar uma lenda indígena. A última vez que a escola venceu o Carnaval de São Paulo foi em 2014. No ano passado, a agremiação ficou em segundo lugar.

A cantora Alcione é homenageada pela escola de samba Mocidade Alegre

Vai- Vai

Na Vai-Vai, Erika Januza desfila pela primeira vez

Líder no ranking da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, com 15 títulos ao longo da história, a Vai-Vai levou para a avenida o enredo Vai-Vai, o quilombo do futuro. A ideia foi fazer uma viagem no tempo de um africano contador de histórias. 

 Miguel Lucca, de seis anos, foi destaque da comissão de frente da Vai-Vai

Integrantes da Vai-Vai formam a frase "Marielle Presente" na avenida

Rosas de Ouro

Quinta escola deste sábado mostrou história da 'primeira nação cristã' do mundo, de genocídio a elo da comunidade de imigrantes em São Paulo. O genocídio dos armênios, quando 1,5 milhão foram mortos pelos turcos há cem anos, foi um dos temas principais, lembrado na comissão de frente

A atriz Ellen Rocche comemorou na madrugada deste domingo (3) o seu 19º desfile pela Rosas de Ouro que fez uma homenagem ao povo armênio. "Estou muito emocionada

Ellen Roche, rainha de bateria da Rosas de Ouro

Comissão de frente e carro abre-alas da Rosas de Ouro

A Rosas de Ouro fez  homenagem ao povo armênio. Viva Hayastan!  (nome do país na língua armênia).

Abordou um dos maiores genocídios da história da humanidade.

 Em 2018, a escola ficou em oitavo lugar na disputa. Ao todo, a azul, rosa e branco acumula sete títulos.

Unidos de Vila Maria

Unidos de Vila Maria foi a penúltima a entrar na avenida do Anhembi,  fez de seu desfile uma grande homenagem ao Peru, contando a história do país vizinho do Brasil, desde as origens de seu povo, até a cultura, a culinária e as belezas naturais do chamado "Império do Sol".

• A comissão de frente representava seres lendários da mitologia peruana, os guardiões de Inti, metade pássaro e metade homem

Nas asas do grande pássaro, o vôo da Vila Maria ao império do sol”, o objetivo foi mostrar as belezas naturais e culturais do Peru — país sul-americano. 

Gaviões da Fiel

Para encerar a última noite de desfiles, a Gaviões da Fiel entra no Sambódromo falando sobre a história e lendas envolvendo o tabaco. 

Com o enredo A saliva do santo e o vento da serpente, reedição do desfile de 1994, a escola briga pelo quinto campeonato de sua história. 

Sabrina Sato foi  rainha da bateria da Gaviões da Fiel pela primeira vez  e brilhou muito

São Jorge no terceiro carro da Gaviões

O carnavalesco Sidnei França recontou a história apresentada há 25 anos e criada por Raul Diniz, hoje artista plástico na Espanha.